sexta-feira, 29 de junho de 2012

Os Precursores do Trickline - by Orangotango





Todo Mundo sempre atribuiu o surgimento do slackline aos escaladores, principalmente por terem sido eles que elevaram o slackline ao nível de esporte, quando passaram a treinar com fitas ao invés de cabos de aço, e foi a partir daí que a prática se dividiu em modalidades e passou a ser reconhecida como uma prática esportiva. 

Mas na verdade o equilibrismo é uma arte milenar que atravessa séculos, há relatos de apresentções na corda bamba em uma festa há 108a.c na China.

E o que pouca gente sabe é que além das travessias e manobras estáticas no cabo de aço, a arte circense também foi precursora do TRICKLINE, modalidade mais popular do slackline, onde são realizadas manobras dinâmicas sobre a fita, e que hoje são avaliadas durante os campeonatos de slackline.
O vídeo abaixo é uma prova de que no circo já existia manobras como Butt bounce, backflip, Korea e variações como 180, embora nesta época ainda não tivessem recebido estes nomes.



Prática circense ou esporte o importante é que  a arte do equilíbrio tem não só se mantido, como também evoluído com o passar do tempo.  Hoje o slackline está se tornando um esporte popular e acessível a todos e que com toda certeza, veio pra ficar.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Nuvens e previsão do tempo – Parte 1 - by Mario Nery



Uma das habilidades mais úteis para quem se aventura por muito tempo em regiões remotas é a capacidade de prever o tempo baseado nas nuvens. Conhecer as nuvens ajuda a identificar a chegada de uma tempestade e lhe permite antecipar as suas decisões. Em um ambiente de montanha essa é uma habilidade que pode salvar a sua vida.
Quando estava na Serra do Caparaó observei algumas nuvens durante o pôr do sol, ao ver aquelas formações no céu eu sabia que teríamos chuva dentro de alguns dias, o que veio a acontecer na tarde do dia seguinte. Lá no Caparaó uma chuvinha não nos faria mal, entretanto, durante a temporada de escalada de 1996 no Everest um montanhista resolveu abandonar a escalada relativamente próximo do cume por causa da aproximação de um tipo de nuvem que indicava tempestade. Esse montanhista, que também era piloto de aviões comerciais, tinha visto a aproximação de cumulos nimbus – uma formação de grande volume que está associada a tempestades. Neste mesmo dia um grupo de escaladores foi pego por uma tempestade que acabou culminando com a morte de várias pessoas – esse episódio é considerado até hoje a maior tragédia no Everest.
Conhecer alguns tipos de nuvens e entender qual o significado delas pode lhe ajudar a fugir ou pelo menos se preparar melhor para problemas.

1. Famílias de nuvens

Temos basicamente três tipos de nuvens – os Cirrus, os Cumulus e os Stratus. Esses três tipos de nuvens ainda podem ganhar a classificação de “nimbus” ou “altos” e apresentar sub-tipos, ou espécies.

2. Nuvens altas – acima de 6 mil metros de altitude

Temos três tipos de nuvens na família de nuvens altas. São os Cirrus (Ci), os Cirruscumulus (Cc) e os Cirrusstratus (Cs). Essas nuvens podem apresentar sub-tipos, mas não abordarei eles aqui para não deixar o texto muito longo ou muito confuso.

2.1. Cirrus (Ci)

Em latim a palavra “cirrus” significa “cachos de cabelo”. Esse tipo de nuvem se forma em regiões de altitude elevada, em torno dos 6 mil ou 7 mil metros. Apresentam uma forma delicada, suave, bem plástica. Essas nuvens indicam aproximação de chuvas.
Forma: suave, delicada, plástica
Altitude: acima dos 6 mil metros
Significado: anunciam a aproximação de chuvas


Cirrus Cirrus Cirrus

2.2. Cirrucumulus (Cc)

Assim como os Cirrus, os Cirrucumulus também estão em uma faixa de altitude elevada, variam dos 6 mil aos 12 mil metros de altitude. A forma das nuvens Cirrucumulus lembraria um amontoado de pequenas nuvens. Indicam que pode acontecer chuva eventualmente, pequenos chuviscos em breve.
Forma: suave, lembra um amontoado de nuvens pequenas.
Altitude: acima dos 6 mil metros
Significado: em alguns casos indicam chuva leve – chuviscos – em breve


Cirrocumulus
Cirruscumulus2

2.2. Cirrustratus (Cs)

São nuvens muito suaves, uniformes e localizadas acima dos 6 mil metros de altitude. São responsáveis por produzir o efeito de “halo” que vemos ao olhar em direção ao sol. Não são nuvens de chuva, mas costumam indicar a aproximação de chuvas.
Forma: muito fina, suave, lembra um véu, uma camada muito fina.
Altitude: acima dos 6 mil metros
Significado: assim como os outros tipos de Cirrus, o cirrustratus também pode indicar a chegada de chuva em breve


Cirrostratus02

3. Nuvens médias – de 2 mil até 6 mil metros de altitude

Temos dois tipos de nuvens nesta família, as Altocumulus (Ac) e as Altostratus (As). Nesta família as nuvens podem indicar a aparição de trovoadas no final do dia ou chuviscos leves.

3.1. Altocumulus (Ac)

As altocumulus lembram o amontoado de nuvens dos Cirrucumulus, porém elas estão em altitudes mais baixas e são mais encorpadas que os Curricumulus, ainda assim visualmente são bem parecidas. Em algumas situações específicas os altocumulus são bem úteis – em manhãs quentes e úmidas do verão essas nuvens podem indicar que no final do dia teremos trovoadas e pancadas de chuva.
Forma: semelhante ao amontoado de nuvens dos cirrucumulus, mas no altocumulus as nuvens são maiores e podem apresentar tons acinzentados.
Altitude: entre 2 mil e 6 mil metros
Significado: não são nuvens de chuva mas podem indicar a chegada de trovoadas e pancadas de chuva no final do dia – principalmente quando são vistas no verão em locais úmidos e quentes.


Altocumulus
altocumulus (1)

3.2. Altostratus (As)

Assim como os Cirrustratus essa formação também possui a característica visual semelhante a um véu, contudo, os altostratos são véus mais densos, baixos e escuros que os cirrustratus. Os altostratus podem apresentar leves chuvas de curta duração. Quando falamos que um dia está nublado, em muitos casos estamos falando de dias com nuvens altostratus.
Forma: semelhante ao véu dos cirrustratus, porém os altostratus são mais densos, baixos e escuros – acinzentados.
Altitude: entre 2 mil e 6 mil metros
Significado: podem apresentar uma leve chuva por um período curto de tempo


altostratus1
altostratus2
No próximo texto desta série eu falarei sobre as nuvens mais baixas e sobre as nuvens de grande desenvolvimento vertical, ou cumulusnimbus – que são os principais responsáveis pelas chuvas e tempestades mais fortes.
Bons ventos!

Camelback com garrafa pet – faça você mesmo - by Mario Nery

Em 2007 eu fui convidado para treinar um grupo de escoteiros do ramo Sênior de um dos grupos aqui do bairro onde moro, a intenção era preparar o pessoal física e tecnicamente para enfrentar a travessia Petrópolis-Teresópolis.
Nessa preparação estava incluso a compra de alguns equipamentos, principalmente botas, mochilas melhores e vestuário. Porém além disso alguns outros itens seriam bem vindos, algo como bastões de caminhada e camelbacks. Mas o dinheiro estava curto e nem todo mundo tinha como gastar a mais, sendo assim, improvisamos alguns equipamentos. Dentre esses equipos estava um “camelback” feito com garrafa pet de 2 litros e mangueiras de soro. Esse projeto inicial funcionava bem mas era simples e tinha alguns pontos que precisavam ser melhorados – como o vazamento ao deitar a garrafa e a falta de um controlador na ponta da mangueira…
Essas melhorias foram feitas no meu projeto atual, na verdade ele acaba usando a mangueira do próprio camelback para as garrafas PET, o que o torna “caro” se comparado com o custo da primeira versão que usava uma PET e a mangueira somente. Porém, usei a mangueira de um camel que custa R$ 20,00 (comprado no supermercado Extra), ela mantém o custo baixo e me oferece uma válvula de controle no bico (coisa que o projeto inicial não tinha) e se ajusta somente por encaixe em uma tampa de rosca que usei para não ter que furar a tampa original da PET e assim evitar a possibilidade de vazamentos mesmo quando a garrafa é deitada. Com isso tinha resolvido os dois principais problemas do desenho inicial e ainda poderia reaproveitar a mangueira no camelback original, já que ela não precisa ser colada na tampa da garrafa PET.



Camelback feito com garrafa PET
Mas a pergunta é: “Por que usar garrafas PET ao invés do camelback, ainda mais quando você compra o camelback para poder usar a mangueira…?”
A resposta para esta pergunta está no vídeo a seguir! Espero que gostem da ideia.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A importância do alongamento para slackline - by slacklinesalvador

Fazer alongamentos ajuda no repertório de manobras


O slackline é um esporte que exige bastante da capacidade de flexibilidade e movimentação corporal. Para isso, as articulações só conseguem uma maior amplitude de movimento quando bem alongadas antes, durante e depois de qualquer session. Por isso, é de profunda importância uma sessão de alongamento antes de começar o treino para evitar possíveis lesões. Muitas contusões são decorrentes da falta de alongamento corporal e a grande maioria de atletas quando se machucam não sabem o porquê. Com os alongamentos ganha-se flexibilidade e, também, o melhoramento dos movimentos, ou seja, uma maior variedade de manobras. Evita-se também dores musculares que podem incomodar bastante. O ideal, segundo especialistas, é alongar todos os musculos e articulações - afinal, o slackline exige de todo o corpo - antes do treino por mais ou menos 5 minutos, caso contrário, pode aumentar o risco de lesões. Para cada alongamento recomenda-se de 10 a 15 segundos por movimento. Pesquisas comprovam que o treino de flexibilidade pode melhorar a mobilidade, as habilidades desportivas, além de previnir lesões. O American College os Sports and Medicine recomenda exercícios de alongamento duas a três vezes por semana para trabalhar os principais grupos musculares. Por isso, antes, durante e depois de qualquer treino faça seu alongamento. É um conjunto de técnicas que irá ajudar no seu desempenho e aumentar seu repertório de manobras.

A IMPORTANCIA DA HIDRATAÇÃO - by (desconhecido)


Benefícios físicos e mentais do Slackline - by Stamm


terça-feira, 12 de junho de 2012

CUIDADOS PARA OS PÉS - BY MOCHILEIROS



Cuidados para os Pés
Para o andarilho, nada mais importante quanto o seu veículo principal de condução: Os pés. Assim sendo, é de suma importância saber um pouco deste veículo tão nobre.

Cada pé é constituído de 29 óssos, e toda uma anatomia músculo-ligamentar que possibilita o a ação mecânica do equilíbrio. Como está situado na porção mais inferior do corpo humano, suportando todo o peso e impactos oriundos do solo, o pé está predisposto as maiores pressões vasculares e hidrostáticas dos fluídos corporais.

As partes mais críticas dos pés são o calcanhar ( formado pelo osso calcâneo), peito do pé ( formado pelas epífises - cabeça- dos ossos metatornianos), e tornozelo ( junção dos ossos da perna tíbia fíbula, com os ossos do pé talus e calcâneo).

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O Inchaço
O tipo mais comum de inchaço nos pés é o chamado Edema Hipostático. Este tipo de inchaço nada mais é que acúmulo de liquido nos tecidos ( músculos, tecido conjuntivo em geral). Líquido este que extravasa dos vasos sanguíneos( tal líquido chama-se Linfa) devido a dificuldade de circulação do sangue (diminuição da velocidade de circulação), elevação da pressão osmótica das veias e artérias, bem como drenagem do sangue dificultada pela própria gravidade terrestre (já imaginou como é difícil para a veias drenarem o sangue dos pés e fazê-lo subir pelas pernas até o coração, isso tudo contra a gravidade...?)

Portanto, ao praticar alguma atividade, onde se exija algum tempo em pé, como por exemplo, correr, ou caminhar, ou mesmo ficar sentado muito tempo, parte do líquido que compõem o sangue, sai das veias e se acumula nos tecidos, formando assim inchaço

Em caminhadas que exceda 30 minutos os pés sofrem variações em cerca de 5 a 8% do seu volume, ou seja, elas ‘’incham’’ um pouco. Quando em caminhadas acima de 3 horas, esta variação pode ser um pouco maior, cerca de 5 a 10%. O mesmo ocorre ao se permanecer muito tempo sentado. ( como em viagens demoradas de ônibus).

Verdade que tais inchaços variam muito de pessoa para pessoa, dependendo ainda do estado de saúde vascular e cardíaca. Pessoas com alterações cárdio-vasculares como hipertensão arterial (pressão alta), hipotensão (pressão baixa), fragilidade vascular, e varizes, podem apresentar maior facilidade de aparecimento de inchaço nos pés após atividade física ou longo tempo sentado.

Algumas dicas para prevenir tais inchaços são válidas:

Em longas caminhadas:
Indica-se ao menos duas vezes ao dia, tirar os pés dos calçados, massageá-los um pouco, procurando apertá-los no sentido dos dedos ao tornozelo. No final do dia, ao deitar-se, procurar elevar os pés acima de 45 graus em relação ao corpo (com os joelhos levemente flexionados), e tentar manter esta posição por ao menos 30 segundos, Isso alivia um pouco a pressão dos vasos sanguíneos e vasos linfáticos (conjunto de vasos, semelhantes aos vasos sanguíneos, por onde circula a linfa – fluidos dos tecidos).

Dormir com meias também é um bom método para evitar que os pés inchem. (tome cuidado com meias que apertem demais os pés, ou meias que possuem estreita linha de elástico no cano destas.)

Alongamentos também são importantes, prevenindo lesões nas articulações e ligamentos.

Longo tempo sentado.
Quando possível, ( de duas em duas horas ao menos), levanta-se e caminhe um pouco pelo corredor do ônibus ( ou pare o carro e caminhe). A ação de caminhar faz com que ative a circulação dos pés e o inchaço seja prevenido. Tentar manter os pés fora dos calçados, ou ao menos procurar afrouxá-los um pouco. Contudo, permanecer com as meias (meias não apertadas, de faixa de elástico larga no cano.)

Alongamento para os Pés
Flexores Superiores dos Dedos dos Pés (Extensores)
M. extensor longo dos dedos, m. extensor longo do hdlux, m. extensor cu dos dedos, m. extensor curto do hálux, m. tibial anterior. Função: Flexionar para cima (estender) as articulações dos dedos dos pés.

A. Tensionar
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Sentado, coloque uma perna, em ângulo, sobre a coxa da outra perna o pé um pouco para dentro. Segure a parte de cima dos dedo pressione-os para cima, com a maior força possível, por 20 a 30 segundos, usando a mão como elemento de resistência.

B. Alongar
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Com a mão, flexione os dedos dos pés para baixo, o mais que puder. Desta forma o tornozelo também será alongado. Fique nesta posição por 20 a 30 segundos.
Os Flexores Inferiores dos Dedos dos Pés
M. flexor longo & curto dos dedos, m. flexor longo & curto do hálux, mm. lumbricais. Função: Flexionar (para baixo) as articulações do metatarso, as articulações básicas dos dedos dos pés (MTP) e as articulações dos dedos dos pés (PJP, DIP).

A. Tensionar
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Sente-se, com uma perna em angulo sobre a coxa da outra perna. Pressione os dedos do pé para baixo o mais fortemente possível, usando a mio do mesmo lado como elemento de resistência. O tornozelo fica no ângulo para cima. Fique nesta posição por 20 a 30 segundos.

B. Alongar
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Mova os dedos do pé, passivamente, para cima, o mais que puder, puxando todos os dedos para cima, com a mão. O tornozelo também ficará em ângulo a cima. Fique nesta posição por 20 a 30 segundos.


Outros cuidados
Não ir fazer grandes caminhadas com calçados nunca antes usado. Estes tem que ser amaciados antes.

As botas adaptadas ao tamanho e forma dos pés, (não muito folgada, nem muito apertada, o ideal que esta seja um número acima do tamanho do pé).

Usar sistema duplo de meias ( Meia do tipo Liner, e outra Por cima)

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*Meias Liner: São meias finas feito de material de alta absorção de suor, transportando-os para fora dos pés, feitas na maioria das vezes de tecido especial conhecido como coolmax.

As Bolhas

Bolhas, ou calos (chamadas também de flictemas ou vesículas), ocorrem devido ao processo de fricção contínua de parte da pele do pé com o tecido interno do calçado. Tal fricção faz romper pequenos vasos linfáticos, fibras conjuntivas, soltando assim parte da epiderme, onde os líquidos oriundos dos vasos linfáticos (semelhantes as veias, responsáveis por drenar a linfa dos tecidos) ficam acumulados.

Para tratamento, e prevenção ver:



As Bolhas infeccionadas
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Costumam produzir pus, e apresentar intensa área vermelha e quente ao seu redor( sinal que algum micro-organismo invasor contaminou a bolha). Pode provocar também ínguas nos gânglios linfáticos da virilha e face interna da coxa( inchaços dolorosos, nos gânglios linfáticos da região sacral – virilha- e face interna das coxas).
O tratamento consiste esperar que o pus forme um ponto natural de drenagem (chamado vulgarmente de ‘’olho’’, e tecnicamente, conhecido como fístula).

Esta é uma tentativa natural do corpo de expulsar o pus e suas toxinas de dentro da bolha. Então, vamos dar uma ajudinha ao corpo.

Com agulha estéril (seja de sutura, ou de costura), perfure o ‘’olho’’ da bolha com pus, e esprema com delicadeza. Em seguida coloque anti-séptico ou pomada antibiótica (pomada furacinada, rifocina spray, pomada neomicina).
Infelizmente, quando aparece uma bolha infeccionada, é extremamente recomendado interromper por de 12 a 24 horas a caminhada, deixando os pés descalçados durante este período.

Quando ocorrerem múltiplas bolhas infeccionadas, antibióticos devem ser usados ( como por ex.: dicloxacilina 500mg, 01 cápsula de 06/06hrs por 5 ou 7 dias). Contudo recomenda-se avaliação e médica prévia (RISCO DE ALERGIA, DEVIRADO DA PENICILINA)

As Calosidades
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Quando um calçado provoca irritação crônica dos pés, em lugares específicos, o corpo para se proteger, produz mais queratina e fibras conjuntivas, que vão se acumulando na pele, provocando um espessamento da epiderme, conhecido como calosidade, ou calos secos.
Estes são uma proteção natural que os pés a duras penas teve que produzir.
Portanto, não devem ser removidos por inteiro, apenas ‘’aparados’’, tirando-se os excessos. Para tal, basta desixar os pés cerca de 10 min mergulhados em água morna, em seguida, com auxílio de uma lixa para pés, procurar remover apenas o excesso da calosidade, nunca remover por completo.

As Unhas
Com duas semanas antes de uma grande caminhada, procurar aparar as unhas dos pés. Preferindo cortes retos aos curvos. Evitar remover grandes excessos da cutícula ( pele que se adere nas laterais da unha) pois isso pode favorecer a unha encravar. Calçados muito apertados favorecem a curvatura acentuada da unha, e portanto, pode encravar com facilidade.
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Casos graves de unha encravada, devem ser tratados por podólogo ou médico, os quais fazem a remoção da porção encravada da unha. (NÃO SE DEVE TENTAR CORTAR SOZINHO EM CASA, POIS PODE AGRAVAR O PROBLEMA)
Quando for só a pontinha (aresta) da unha a encravar, pode-se colocar uma pequenina pelota de algodão embaixo desta parte, durante um dia, é o suficiente para que esta se eleve e evite crescer para dentro do dedo novamente. Neste mesmo caso, uma gota de cola do tipo superbond, faz com que a unha desidrate excessivamente, devido ao polímero acrílico da cola, fazendo o canto da unha elevar-se. (NOTA: estes dois métodos devem ser usados APENAS se for uma pequena porção da unha a encravar, e em casos onde não haja infecção)

Um pouco mais de anatomia.
Procure saber sua pisada. Cada pessoa tem um jeito de pisar.
As pisadas podem ser do tipo: Pronada, supinada e NoRmal. Observar a sola da bota e ver em que lado ocorre maior desgaste pode também auxiliar na identificação do tipo de pisada.

Pisada Pronada
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Quando se pisa com a parte mais interna do pé. É o famoso pé chato, ou seja, o arco do pé é inexistente ou bastante baixo, costuma provocar compressão no lado interno do ternozelo e distensão no lado externo.

Pisada Supinada
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Quando se pisa com a parte mais externa do pé. Quase não se produz pegada ao pisar descalço na areia. O arco do pé é bastante alto, côncavo.Costuma provocar compressão do lado externo do tornozelo e distensão do lado interno.

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Em caso de pisadas pronada leve ou supinada leve, pode-se caminhar grandes distâncias sem maiores preocupações. Mas se for pisadas pronada severa ou supinada severa, é indicado o uso de palmilhas ortopédicas corretivas.

A maioria das botas tem desenho adequado a pisadas supinada leve, pronada leve, e pisada normal( evidentemente).

Terreno x Pés
Em terrenos acidentados, com muitas pedras e ou cascalho, indica-se botas de cano alto. Estas estabilizam a pisada evitando torção no tornozelo. Botas com proteção no bico (bico rígido), protegem a ponta dos dedos de topadas.

Em terrenos arenosos, como em praias, ( ou Região dos Lençóis MA), indica-se uso de papete e liner. O liner evitará que a areia (em ação com o movimento do calçado) arranhe os pés.

Lugares com neve, ou muito frios, atenção especial ao sistema de meias, ou botas mais indicadas ao frio.

Terrenos alagadiços, charcos ou pântanos, onde se tenha previsão de caminhadas em que o pé ficarás por mais de 3 horas encharcado, indica-se o uso de botinas protetoras, ou meias impermeáveis de neoprene.

Observações Finais

Em caso de dor freqüente ou inchaços que se formam com facilidade, procure um ortopedista, pode ser caso de lesões ligamentares mais complexas.

Para cuidar das calosidades ou unhas, há um profissional especializado nisso, o podologista, ou ainda uma boa pedicure.

Mantenha os pés sempre secos e limpos durante a caminhada.

Evitar sujeira acumulada embaixo das unhas dos pés.

Alongue os músculos dos pés e dedos sempre que possível.

Evite que o interior do calçado fique sujo por lama, areia, pequenas pedrinhas ou galhos. Os mesmos podem ferir e ou contaminar os pés.

Pés molhados, abafados dentro do calçado por muito tempo, é RISCO de aparecimento de bolhas e ou micoses.

Cuide bem dos seus pés, e ele cuidará de suas pernas, joelhos, coluna e de você.

fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Podologia
http://www.mochileiros.com/cuidados-com-os-pes-t37395.html#.T9dzu1Ij2eV